É um aspecto do registro fóssil conhecido que a maioria dos táxons aparece abruptamente. Eles não são, via de regra, conduzidos por uma sequência de mudanças quase imperceptíveis de precursores tal como Darwin acreditava que seria normal na evolução... Este fenômeno torna-se mais universal e mais intenso à medida que se sobe na hierarquia de categorias. Lacunas entre espécies conhecidas são esporádicas e frequentemente pequenas. Lacunas entre ordens, classes e filos conhecidos são sistemáticas e quase sempre grandes. Estas peculiaridades do registro propõem um dos mais importantes problemas teóricos em toda a história da vida: o súbito aparecimento de categorias mais altas é um fenômeno de evolução ou de registro apenas, devido ao viés de amostragem e a outras inadequações?
quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
Duas razões pelas quais o darwinismo sobrevive
sábado, 13 de dezembro de 2014
Dois textos
segunda-feira, 8 de dezembro de 2014
Notícias/textos à época do 1º Congresso Brasileiro de Design Inteligente
- Congresso reúne opositores da teoria da evolução; biólogos criticam 'novo criacionismo' – Reinaldo José Lopes na Folha de São Paulo [27/outubro]
- A polêmica do Design Inteligente [entrevista com o químico Kelson de Oliveira, pesquisador da Universidade Federal do Amazonas e adepto da TDI] – Reinaldo José Lopes na Folha de São Paulo [27/outubro]
- O enigma da cebola – Reinaldo José Lopes na Folha de São Paulo [28/outubro]
- Por que o enigma da cebola não é assim nenhuma Brastemp no contexto de justificação teórica em genômica? – comentário do Enézio (em seu blog Desafiando a Nomenklatura Científica) ao texto do link anterior [29/outubro]
- Como reagir ao Design Inteligente? – Reinaldo José Lopes na Folha de São Paulo [29/outubro]
- Só uma teoria – Hélio Schwartsman (Folha de São Paulo) [02/novembro]
- Eventos criacionistas ou de Design Inteligente merecem divulgação? – do blog Tubo de Ensaio (Gazeta do Povo) [03/novembro]
- A Sociedade Brasileira de Paleontologia é contra a liberdade acadêmica que questiona paradigmas colapsantes e considera novas teorias científicas – comentários do Enézio sobre o manifesto produzido pela tal sociedade [06/novembro]
- Hélio Schwartsman, a teoria da evolução de Darwin já foi falsificada no contexto de justificação teórica! – comentário do Enézio ao texto do link ‘Só uma Teoria’‘ [07/novembro]
- Tiago Mali, revista ÉPOCA, e o conluio incestuoso da Grande Mídia com a Nomenklatura científica contra a teoria do Design Inteligente – Enézio comentando a matéria “Se o homem fosse planejado”, de Tiago Mali, publicada na revista Época (ed. 898) [11/novembro]
- Congresso em Campinas promove teoria de que seres vivos são projeto de inteligência sobrenatural – no site Planeta Ciência [15/novembro]
- Sai o manifesto do Design Inteligente – post do blog do Reinaldo José Lopes onde ele publica o manifesto publicado ao fim do congresso e tece alguns comentários [18/novembro]
- Eles desafiam Darwin – matéria da revista IstoÉ (ed. 2348) [27/novembro]
- Reação ao manifesto do Design Inteligente – Reinaldo José Lopes na Folha de São Paulo [02/dezembro]
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
Físico de Dartmouth: Quando a ciência se obscurece em fé
![Marcelo Gleiser na página da 'TV Brasil - EBC' no Flickr [flickr.com/photos/tvbrasil] Marcelo Gleiser na página da 'TV Brasil - EBC' no Flickr [flickr.com/photos/tvbrasil]](http://lh3.ggpht.com/-T9321G1qF5c/VGEaICSlaPI/AAAAAAAAEZA/m_DjhAlwgu0/Marcelo%252520Gleiser%25255B5%25255D.jpg?imgmax=800)
Alguns cientistas mantém uma crença mais [tempo] do que deveriam? Ou, de forma mais provocativa, quando uma crença científica se torna uma matéria de fé?Falar sobre fé no contexto da ciência parece bastante blasfemo. Não é a ciência antítese da fé, dado que é supostamente baseada em certezas, na verificação explícita das hipóteses? A visão de ciência como sendo perfeitamente lógica e racional é uma idealização. É claro, o produto da pesquisa científica deve ser algo concreto: hipóteses devem ser tanto confirmadas como refutadas, e a informação dos experimentos deveriam ser repetíveis por outros. A penicilina cura doenças, aviões voam e o cometa Halley de fato volta a cada 76 anos.As coisas se tornam mais experimentais na vanguarda, onde não há certezas. O que torna a ciência tão fascinante é que ela mira a perfeição mesmo quando envolvida com a invenção de coisas falíveis.
Enquanto alguns abandonarão a teoria por falta de suporte experimental, outros irão se agarrar a ela, reajustando os parâmetros para que a supersimetria se torne viável em energias bem além do nosso alcance. A teoria irá então ser intestável para o futuro previsível, talvez indefinidamente. A crença na supersimetria irá então ser um artigo de fé.Como deveríamos lidar com este tipo de situação na ciência? Claramente, cientistas farão o que quiserem (contanto que tenham financiamento para tal); aqueles que se agarram à supersimetria argumentarão que ela irá conduzí-los em direção a outras hipóteses, e aí tudo bem. Talvez venha alguma coisa que seja testável. Outros procurarão por explicações em outra parte.O desafio, é claro, é que não sabemos a resposta certa. A preocupação é que nós podemos nunca vir a saber, caso no qual o plano é cientificamente inútil. Quando você investe décadas de sua vida profissional perseguindo uma ideia, é realmente difícil abandoná-la. Alguns nunca o fazem.
Como um zumbi que nunca morre, é possível avançar com teorias que podem sempre ser redefinidas para escapar do alcance dos experimentos em voga.
sexta-feira, 7 de novembro de 2014
Mudanças microevolutivas podem se somar para [resultar em] uma mudança macroevolutiva?

Se pudesse ser demonstrado que algum órgão complexo existe, o qual não poderia ter sido formado através de pequenas modificações numerosas e sucessivas, a minha teoria estaria absolutamente arruinada.
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
Nature admite que cientistas suprimem críticas ao neodawinismo para evitar dar suporte ao design inteligente

O número de biólogos pedindo por mudanças na forma como a evolução é conceituada está crescendo rapidamente. Forte apoio vem de disciplinas aliadas, particularmente da biologia do desenvolvimento, mas também da genética, epigenética, ecologia e da ciência social. Defendemos que a biologia evolutiva necessita revisão se é para se beneficiar plenamente destas outras disciplinas. Os dados que sustentam nossa posição tornam-se mais fortes a cada dia.Entretanto, a mera menção da SEA frequentemente evoca uma reação emocional, até mesmo hostil, entre biólogos evolucionistas. Com bastante frequência, discussões vitais descambam para a grosseria, com acusações de confusão [no sentido de confundir] ou distorção. Talvez assombrados pelo espectro do design inteligente, biólogos evolucionistas desejam mostrar uma frente unida àqueles hostis à ciência. Alguns podem temer em receber menos financiamento e reconhecimento se intrusos – tais como fisiologistas e biólogos do desenvolvimento – entrarem em seu campo, área.(Kevin Laland, Tobias Uller, Marc Feldman, Kim Sterelny, Gerd B. Müller, Armin Moczek, Eva Jablonka e John Odling-Smee, "Does evolutionary theory need a rethink? Yes, urgently [A teoria evolutiva necessita ser repensada? Sim, urgentemente]" Nature, Vol. 514:161-164 (9 de outubro de 2014) (ênfase adicionada).)
A teoria evolutiva padrão (TEP) mantém em grande parte os mesmos pressupostos da síntese moderna original, a qual continua a conduzir como as pessoas pensam sobre evolução.A estória que a TEP conta é simples: nova variação surge através de mutação genética aleatória; herança ocorre através do DNA; e a seleção natural é a única causa de adaptação, o processo pelo qual organismos tornam-se bem adaptados aos seus ambientes. Neste ponto de vista, a complexidade do desenvolvimento biológico – as mudanças que ocorrem à medida que um organismo cresce e envelhece – são de importância secundária, até mesmo menor.Em nosso ponto de vista, este foco 'gene-cêntrico' falha em apanhar a completa gama de processos que dirigem a evolução. Peças faltantes incluem a forma como o desenvolvimento físico influencia a geração de variação (viés de desenvolvimento); como o ambiente molda diretamente as feições dos organismos (plasticidade); como os organismos modificam o ambiente (construção de nicho); e como os organismos transmitem mais que genes através das gerações (herança extra-genética). Para a TEP estes fenômenos são apenas resultados de evolução. Para a SEA eles são também causas.
- “A origem das asas e a invasão da terra … são coisas que a teoria evolutiva nos contou pouco a respeito”.
- “Você não pode negar a força da seleção na evolução genética … mas no meu ponto de vista isto são formas de estabilização e de ajuste fino que se originam devido a outros processos”.
- “A síntese moderna é notavelmente boa em modelar a sobrevivência do mais apto, mas não é boa em modelar a chegada do mais apto”.
sábado, 4 de outubro de 2014
Livro: Mind and Cosmos

quinta-feira, 18 de setembro de 2014
Por que a evolução é diferente?
Granville Sewell, 2 de setembro de 2014, 5:34 AM






terça-feira, 9 de setembro de 2014
Livro: Signature in the Cell

quarta-feira, 3 de setembro de 2014
Design Inteligente não é Criacionismo
Por: Stephen C Meyer
The Daily Telegraph (Londres)
09 de fevereiro de 2006
Este artigo foi originalmente publicado no Daily Telegraph (Reino Unido) em 29 de janeiro.
Em 2004, o ilustre filósofo Antony Flew da Universidade de Reading foi notícia em todo o mundo quando repudiou uma longa vida de compromisso com o ateísmo e afirmou a realidade de algum tipo de criador. Flew citou evidência ao design inteligente no DNA e os argumentos dos “teóricos americanos do design [inteligente]” como importantes razões para esta mudança.
Desde então, leitores britânicos tinham aprendido sobre a teoria do design inteligente (DI) principalmente a partir de relatos da mídia sobre as batalhas na corte dos Estados Unidos tratando da legalidade de seu ensino aos estudantes. De acordo com a maioria dos relatos, o DI é uma alternativa “baseada em fé” à evolução, fundamentada unicamente em religião.
Mas esta afirmação é precisa? Como um dos arquitetos da teoria, eu sei que não.
Ao contrário do que dizem os relatos da mídia, o DI não é uma ideia baseada em religião, mas uma teoria científica baseada em evidências sobre as origens da vida. De acordo com os biólogos darwinistas, tal como Richard Dawkins da Universidade de Oxford, sistemas vivos “dão a aparência de terem sido projetados com propósito”.
Porém, para darwinistas modernos, tal aparência de projeto (design) é ilusória porque o processo puramente não dirigido da seleção natural agindo sobre mutações aleatórias é completamente suficiente para produzir as intricadas estruturas “como-que-projetadas” encontradas nos organismos vivos.
Em contraste, o DI sustenta que há aspectos reveladores dos sistemas vivos e do universo que são melhor explicados por uma inteligência projetista. A teoria não desafia a ideia da evolução definida como mudança com o passar do tempo, ou mesmo ancestralidade comum, mas questiona a ideia de Darwin de que a causa da mudança biológica é completamente cega e não dirigida.
Quais sinais de inteligência os defensores do DI veem?
Nos anos recentes, biólogos descobriram um mundo primoroso de nanotecnologia dentro das células vivas – circuitos complexos, grampos deslizantes, turbinas de geração de energia e máquinas em miniatura. Por exemplo, células bacteriológicas são propelidas por engenhos rotatórios chamados de motores flagelares, que giram a 100.000 rpm. Estes motores parecem ter sido projetados por engenheiros, com muitas partes mecânicas distintas (feitas de proteínas), incluindo rotores, estatores, juntas tóricas (juntas em forma de anel), buchas, juntas universais e juntas homocinéticas.
O bioquímico Michael Behe aponta que o motor flagelar depende da função coordenada de 30 partes (proteínas). Remova um destas partes, e o motor rotatório não funcionará. O motor é, nas palavras de Behe, “irredutivelmente complexo”.
Isso cria um problema para o mecanismo darwiniano. A seleção natural preserva ou “seleciona” vantagens funcionais à medida que surgem por mutação aleatória. O motor flagelar não funciona a menos que todas as suas 30 partes estejam presentes. Desta maneira, a seleção natural pode “selecionar” o motor uma vez que ele surja funcionando por completo, mas não pode produzir o motor de um modo darwiniano passo a passo.
A seleção natural apropriadamente constrói sistemas complexos a partir de estruturas mais simples preservando uma série de intermediários, cada qual devendo desempenhar alguma função. No caso do motor flagelar, estruturas intermediárias não desempenham função para que a seleção as preserve. Isto deixa a origem do motor flagelar inexplicada pelo mecanismo (seleção natural) que Darwin propôs para substituir a hipótese de projeto.
Há uma explicação melhor? Baseados em nossa uniforme experiência, sabemos de apenas um tipo de causa que produz sistemas irredutivelmente complexos: inteligência. Sempre que encontramos sistemas complexos – sejam circuitos integrados ou motores de combustão interna – e sabemos como surgiram, invariavelmente uma inteligência projetista desempenhou algum papel ali.
Considere um argumento ainda mais fundamental para o design (projeto). Em 1953, quando Watson e Crick elucidaram a estrutura da molécula de DNA, eles fizeram uma descoberta surpreendente. Cadeias de substâncias químicas precisamente sequenciadas chamadas nucleotídeos, no DNA, armazenam e transmitem as instruções de montagem – a informação – num código digital de quatro caracteres para a construção de moléculas de proteínas das quais a célula necessita para sobreviver. Crick então desenvolveu sua “hipótese da sequência”, na qual as bases químicas no DNA funcionam como letras numa linguagem escrita de símbolos em um código de computador. Como Dawkins notou, “o código de máquina dos genes é sinistramente semelhante ao dos computadores”.
Os aspectos informacionais da célula ao menos aparentam ter sido projetados. No entanto, nenhuma teoria de evolução química não dirigida explicou a origem da informação digital necessária à construção da primeira célula. Por quê? Há simplesmente muita informação na célula a ser explicada somente por eventualidade.
A informação no DNA (e no RNA) também tem desafiado a explicação através de forças de necessidade química. Em outras palavras, seria como dizer que um título de um texto surgiu como resultado da atração química entre a tinta e o papel. Claramente, algo mais participa desse processo.
O DNA funciona como um programa de computador. Sabemos, a partir da experiência, que programas vêm de programadores. Sabemos que informação – seja, digamos, hieróglifos ou sinais de rádio – sempre surge de uma fonte inteligente. Como o pioneiro teórico da informação Henry Quastler observou: “informação habitualmente surge de atividade consciente”. Desta forma, a descoberta de informação digital no DNA provê fortes motivos para inferir que uma inteligência agiu como causa em sua origem.
Deste modo, o DI não é baseado em religião, mas em descobertas científicas e em nossa experiência de causa e efeito, a base de todo raciocínio científico sobre o passado. Diferentemente do criacionismo, o DI é uma inferência a partir da informação biológica.
Todavia, o DI pode prover suporte para crenças teístas. Isto, porém, não é motivo para dispensá-lo. Há sim aqueles que confundem a evidência para a teoria com suas possíveis implicações. Muitos astrofísicos inicialmente rejeitaram a Teoria do Big Bang porque ela parecia apontar para a necessidade de uma causa transcendente para a matéria, espaço e tempo. A ciência, no entanto, acabou aceitando-a porque a evidência a suporta firmemente.
Hoje um preconceito semelhante confronta o DI. Entretanto, esta nova teoria deve ser também avaliada com base na evidência, não em preferências filosóficas. Como o professor Flew advertiu: “Devemos seguir a evidência, aonde quer que ela nos leve”.
Stephen C Meyer editou 'Darwinism, Design and Public Education' (Imprensa da Universidade do Estado de Michigan). Ele tem um PhD em filosofia da ciência pela Universidade de Cambridge e é um associado sênior do Discovery Institute em Seattle.